DROGUES E ÂNCORAS DE MAR


A partir de 2006 a Guarda Costeira da Nova Zelândia acrescentou uma âncora de mar de tamanho adequado aos itens obrigatórios de todas as embarcações que se aventurem a mar aberto. O decreto foi resultado de uma pesquisa que contou com dados coletados em 50 anos de resgates e monitoramento de incidentes e ocorrências durante milhares de tempestades que assolam as águas daquele pais. Durante a pesquisa constatou-se que embarcações que contaram com o uso de ancoras de mar tiveram como sair de uma situação sem esperança de sobrevivência devido a condições de mar onde o controle e o manejo do barco ou navio estavam alem do limite do desenho.
Drogues ao contrário de âncoras de mar
, são baixados pela popa e tem a função de reduzir a velocidade do barco na intenção de evitar que o mesmo entre em surfe ou de lado para as ondas durante um rumo a favor do vento e do mar. Alguns têm também como hábito usá-los no auxílio de entradas de barras e até mesmo no controle do rumo no caso de perda do leme.
Já as âncoras de mar que na maioria das vezes se assemelha a um pára-quedas são baixados pela proa e tem a finalidade de manter a proa da embarcação de frente para as ondas.
Com um sistema de cabos conectados a proa e a meia nau pode-se controlar o ângulo de incidência em que o barco ira “encarar” o mar. Alega-se comprovadamente que a esteira deixada a barlavento pelo barco que deriva com o mar tem a capacidade de reduzir a probabilidade do mar arrebentar sobre o barco. Quem já surfou ou pegou jacaré? Pois lembrem aquelas ondas em que começamos a remar para descê-las e de repente mudamos de idéia e abrimos os braços e pernas para freiarmos o nosso avanço.
Nesse momento estamos criando esta esteira exatamente atrás de nos. Se repararmos a onda tem uma tendência de quebrar em ambos os lados da onda, vemos no entanto um retardo na arrebentação no espaço imediatamente ao nosso redor. Guardando as devidas proporções é exatamente o que acontece em ondas quebrando em mar aberto sobre os barcos. Ao freiarmos o barco com os para quedas estamos desistindo de descer as ondas e criando esta esteira de arrasto que vai nos proteger. Vale ressaltar que barcos de quilha longa criam mais arrasto e conseqüentemente mais proteção do que “fin keels,” porem necessitam de uma âncora de maior diâmetro.
Imensos navios de pesca usam esta âncoras de mar já há décadas com incrível sucesso no passado pequenos iates tinham que comprar pára-quedas aeronáuticos usados por falta de um produto específico para barcos pequenos. A empresa COPPINS SEA ANCHORS que fabrica âncoras de mar para a frota pesqueira a mais de 40 anos tem já algum tempo modelos para iates e lanchas menores. O kit para um veleiro de 35 a 40 pés vem em uma sacola de menos de um metro e pronta para usar. O preço sai por menos de 500 dólares sem os cabos de amarração a embarcação. Quem vai navegar em mares sujeitos a ondas grandes deve considerar a aquisição de algo similar. Nós possuimos um drogue a bordo do BALEEIRO, herança do ALMA e antes de subirmos a altas latitudes devemos adquirir uma "sea anchor".

Um comentário:

Thiago & Keith disse...

Olá Andy & Galdo!

Aqui onde moramos, não temos boa internet (muito devagar..) mas, quando é possível, aproveitamos e damos uma olhada no site de vocês!

Bem, o que gostaríamos de saber e até sugerir é sobre esta parte de manutenção & tecnologia. Mais precisamente pintura de casco.. Sabemos que é assunto complicado, pois são muitas variedades e opções mas, aproveitando que o Baleeiro está passando por esse processo, algumas dicas (no site) de lixamento, preparação, tinta venenosa, tempo, etc, poderiam ajudar alguns, como nós (iniciantes), a fazermos em casa (e bem!) este serviço!

Enfim, é isso!
Estaremos acompanhando-os!

Abraços e bons ventos
Thiago & Keith!